08 janeiro, 2010

Shows & rituais...


Como adoro música, vem de lambuja o fato de gostar de shows. Mas no ano passado cheguei a uma conclusão: não é mais minha praia aquele lance de sentir algum prazer especial pelo simples fato de estar presente em um show. Sabem aquele prazer meio ritualístico ou mítico: “Estive presente no show do ACDC!!” ??

Acho que já tive esse tipo de pensamento, provavelmente gostei de muitos shows no passado devido a essa realização mítica. Mas ano passado fui a alguns shows e isso não bateu.

Adorei, por exemplo, o show do Doors (os puritanos vão me atacar por falar isso e por ainda chamar a banda de "Doors"), mas gostei. Fomos em Ribeirão Preto, num show bem organizado, sem correria, sem super filas, cerveja e banheiro com fácil acesso. Os caras tocaram pertinho da gente, mó esquema show roots mesmo, sem efeitos nem iluminação.
Gostei também de ouvir o Sepultura de pertinho sentado no chão em estilo pic-nic recentemente no Maquinaria Festival.

Agora vem a bomba: não gostei do Radiohead. Adoro a banda e eles tocaram demais. Mas era um aperto, fácil se perder dos amigos, difícil estacionar, difícil conversar, difícil comer. Gente chata reclamando, gente xingando o show do Kraftwerk (que achei o máximo). Na hora de ir embora são horas esperando a fila do estacionamento. Por ai vai. Enfim: o simples fato de “vi Radiohead ao vivo! U-hu!” não me bate mais.


(Link pro Blog da Alícia)


Inserindo uma indicação totalmente aleatória: indico o “Forró da Lua Cheia” em Altinópolis. Aliás, apesar do nome, não são shows de forró. Dêem uma olhada que vale a pena.

Um comentário:

  1. De repente a "adrenalina" da coisa se perca em meio à passagem da juventude - os conceitos de entretenimento mudam com o passar dos anos, obviamente. Diversas pessoas não comparecem mais à shows exatamente pelo mesmo motivo: muita dor de cabeça, pouca diversão - eu sou uma delas, por exemplo.
    Não acrescentaria muito, no entanto, seria interessante a revisão da estrutura desses eventos para maior comodidade da platéia - da forma com que tem ocorrido, não há respeito com ela, fazendo valer apenas o seu dinheiro (capitalismo insano).Considerando que todos estejamos conscientes da maioria "aborígene" que têm frequentado esses "festivais" - desculpe, mas é verdade -, o jeito seria mudar o posicionamento deles mesmo (aborígenes rs).. vamos cortar o mal pela raiz. Nem mesmo o conjunto resolve, se todos estivessem dispostos a ajudar - embora tal situação pareça muito duvidosa. Dessa forma, o problema seria maquiado, temporariamente - e infelizmente.

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